"Só o meu canto" é o novo single do fadista Telmo Pires. O poema deste fado dá conta da “nossa inquietude e ambições, ao querer chegar sempre mais depressa, mais além, e ao aceitar que não somos donos de nada, só de nós próprios”, nas palavras do autor.
“Só o meu canto” refere ainda que o essencial já está connosco, vem dentro de nós. Seja a nossa intuição, a nossa voz interior que nos mostra o caminho certo.
Ai, se eu pudesse escrever O que a minha alma me tenta dizer E os versos que eu escrevesse Fossem lágrimas no papel Fossem lágrimas neste papel
Amor da primeira vez Nas minhas mãos se desfez E tudo que eu amei Nunca me pertenceu Nunca nada foi mesmo meu
Só o meu canto está em mim
Está cá guardado Mantém-se calado Como um rio corre Devagar antes de chover Corre devagar antes de chover
Ai, se eu pudesse cantar Como um pássaro sabe voar E o som da minha voz Fosse o eco da paixão Fosse o eco da minha paixão
O grupo surgiu em janeiro de 2000 a partir da vontade de dois amigos em fazer música juntos, Charles Galvani e Raufe Pereira. Os trabalhos começaram com o objetivo de fazer música brasileira sem compromisso com tendências e estilos.
Após várias formações, pausas, risadas e diferenças de objetivos, variáveis presentes na maioria das bandas, o grupo lançou em 2004 seu primeiro EP com cinco músicas próprias e uma releitura.
No final de 2008, Raufe Pereira e Charles Galvani, retomaram as “buscas” por novos integrantes e novos desafios, assim, o mês de outubro de 2008, é marcado pelo “renascimento” do [Paz-me].
A banda foi para o Rio de Janeiro masterizar o seu 1º cd (lançado em 2014) no renomado estúdio Magic Master, comandado pelo Ricardo Garcia que já masterizou trabalhos do Rappa, Jota Quest, Roberto Carlos, Gilberto Gil e outros.
No final de 2017 a banda começou a trabalhar em formato de trio e, com isto, começou a retrabalhar os arranjos e a compor novamente.
Em Fevereiro de 2019, a banda lançou a canção "PRA DOIS" e agora em 2020, comemorando 20 anos de trabalho, acaba de lançar a canção "A Vida É Um Sopro", primeira parceria com o escritor Leandro Neves.
Agora que já sabes um pouco mais sobre a banda brasileira, PAZ-ME, falamos do novo single, "A Vida É Um Sopro".
O trio resolveu gravar este novo tema de uma maneira mais acústica. Gravaram com vários instrumentos como ukulele, guitarra, contrabaixo acústico e cajón. Poderia-se dizer que a canção é do gênero pop, mas a banda acredita que ela esteja mais virada para MPB - Música Popular Brasileira. O foco era gravar uma música mais virada para canção.
A letra de "A Vida É Um Sopro" é um convite a curtir a vida, a festejá-la, uma vez que a vida é curta.
No vídeo a banda envolveu os seus familiares, que cantaram e festejaram com o trio.
[Verso 1] O tempo não anda 'pa trás É só temos quatro paredes O que eu faço contigo eu só faço contigo É contigo, eu não faço por menos e eu sei Que eu tenho tanta culpa nisso É só mais um deslize, pensa se me queres assim Chega, pega, fica aqui não vês que eu me apeguei Diz-me que te faz mal eu fazer-te tão bem e vem cá Que eu faço daquela maneira que põe a tua sina na palma da minha mão Ou não, ou não...
[Bridge] Oh No , Oh No
[Verso 2] Não me lembro do que ela disse Ai que chatice Damos a volta nisso Fazemos figas mas não somos mais do que isto, então Dizes só visto, ouve isto, eu só nos vejo aos dois Inspirar-me no teu... até não ter pulmões Já vi que não me chegas, ficas, fico a pensar depois Vejo-te no escuro tipo alucinações E eu faço daquela maneira que põe a tua sina na palma da minha mão Ou não, ou não...
[Bridge] Oh No , Oh No
[Verso 3] Achava que tava tudo bem, fiquei a pensar nisso A sério que pensava que eras tu e o Mundo é só um sítio, eu achava Se não te tenho nunca tive Foi só um deslize Não tinha de ser assim Larga-me os dados Pena porque gostamos de jogar Tudo o que vem vai na volta também Podes ficar esta noite, tá bem, vem cá Que eu faço daquela maneira que põe a tua sina na palma da minha mão Ou não, ou não...
Já podes ouvir do princípio ao fim o álbum de estreia de Cláudia Pascoal, “!”.
Fazem parte deste trabalho todos os singles com que a artista nos tem presenteado ao longo dos últimos meses: “Ter E Não Ter”, “Viver” (com Samuel Úria) e o mais recente “Espalha Brasas”.
Neste período confuso e conturbado que atravessamos, é difícil pensar num melhor disco para nos apaziguar e animar. Mesmo em casa, poderemos ouvir e ser arrebatados pelos novos temas de Cláudia Pascoal, bem como ver e rever os vídeos intrigantes que já foram desvendados.
“!” é um álbum livre e descomplicado, em que coexistem sem dificuldades vários aspetos da personalidade de Cláudia Pascoal, num universo musical onde falar de coisas sérias e brincar com a vida parecem ser tarefas indissociáveis. Ecoando a sua própria capa, “!” é um statement de afirmação da artista, que deixa bem vincada a sua identidade ao mesmo tempo que dá um pontapé na porta e entra sem licença no universo do Pop arrojado, atrevido e confiante.
"!" é também um álbum de muitas colaborações. Neste seu primeiro disco, Cláudia Pascoal teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos artistas que mais admira. A começar pela produção, que ficou inteiramente a cargo de Tiago Bettencourt, e que também escreveu uma das canções, "Vem Também". Ao longo de “!”, podemos encontrar colaborações com Samuel Úria - no já referido single "Viver", em que também assina a autoria - e com Nuno Markl. O humorista participa logo na faixa de abertura, "PPPFFFRRR", bem como no tema "Mais Fica Pra Mim", composto por David Fonseca.
Cláudia Pascoal conta ainda com canções da autoria de Pedro da Silva Martins e Luís José Martins ("Espalha Brasas"), Miguel Lestre e de Joana Espadinha, bem como com temas da sua própria autoria. Já o incrível artwork foi desenvolvido por Wandson Lisboa e Luís Cepa, e a caligrafia é de Clara Não.
"Lágrima", teria de ser sempre o primeiro single deste disco. É um tema que sempre me disse muito. Um tema que sempre mexeu comigo, que sempre me emocionou e que me faz viver todas as melhores memórias da minha vida.
O tema “Lágrima” foi composto por duas das pessoas que mais admiro na arte: Amália Rodrigues que escreveu a letra e o guitarrista Carlos Gonçalves que fez a música. É para mim também, um dos temas mais fortes e notáveis do fado.
Com este single, quis dar a minha interpretação, “vestir” o tema de “mim”, na versão mais minimalista e possante possível, tendo tido o prazer de ter sido acompanhada da melhor forma, pela brilhante cumplicidade e genialidade do pianista Ruben Alves.
É com “Lágrima”,single do meu novo disco "Amália por Cuca Roseta", que inicio o meu agradecimento pessoal a Amália Rodrigues e a toda a sua obra, que fez e fará sempre parte da minha vida no fado, independentemente do meu caminho.” - Cuca Roseta
Cheia de penas, cheia de penas me deito E com mais penas, com mais penas me levanto No meu peito, já me ficou no meu peito Este jeito, o jeito de te querer tanto
Desespero, tenho por meu desespero Dentro de mim, dentro de mim o castigo Não te quero, eu digo que não te quero E de noite, de noite sonho contigo
Se considero que um dia hei-de morrer No desespero que tenho de te não ver Estendo o meu xaile, estendo o meu xaile no chão Estendo o meu xaile e deixo-me adormecer
Se eu soubesse, se eu soubesse que morrendo Tu me havias, tu me havias de chorar Por uma lágrima, por uma lágrima tua Que alegria me deixaria matar
Por uma lágrima, por uma lágrima tua Que alegria me deixaria matar