"Maré" distingue-se dos restantes temas dos seBENTA pela sua dinâmica como nos explica Paulecas "sem dúvida! É um single que se apresenta completamente descomprometido, mas que tem tudo a ver com uma característica da banda, talvez não tão conhecida... Isso acontece muito ao vivo, nos nossos concertos, temos este lado muito emocional e espiritual e quem nos vê em concerto, isso é muito sentido, gostamos que as canções sejam um momento onde as pessoas se identifiquem e cantem connosco, façam a festa acontecer!"
Este novo single, não é, no entanto, parte integrante do álbum (Maior)idade editado no ano passado. É sim "foi escrito recentemente e faz parte do que estamos a fazer no momento, estamos a escrever novas canções e houve uma vontade muito grande de voltar à composição, de voltar a estúdio, foi isso que aconteceu e está a ser um processo natural, que faz parte da evolução dos seBENTA e é também uma nova fase que nos está a dar muito gozo", como nos diz Paulecas.
Aliás, "Maré" tem também uma outra novidade. Desta feita, em termos líricos já que nos fala de estórias comuns a todos nós, como nos é explicado por Paulecas "quando comecei a escrever, depressa veio à minha cabeça a vida dos pescadores e das suas famílias, ou seja, traduzindo-se numa história de amor, os pescadores saem para alimentar a suas famílias e as nossas, correndo o risco de não voltarem e à sua espera está sempre alguém que vive em constante aflição, mas o amor é a sua âncora, a sua esperança! São histórias incríveis que todos conhecemos, que fazem parte da humanidade, e depois, logo percebi que esta letra, encaixava perfeitamente em qualquer história de amor, ou seja... Não havendo garantias de nada, há sempre um lado que sofre mais, seja na ida ou na volta, mas o amor é e sempre será a nossa maior busca!"
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O novo single de Ola Haas, "Mau Humor Matinal", é uma canção sobre ser rabugento ao acordar, disparando diatribes para todo o lado, acabando por magoar quem me rodeia. Quando consciencializo-me dos meus actos, ajo de acordo, mas a cada manhã, como um pérfido ciclo vicioso, acabo por cometê-los de novo, fechando-me na minha carapaça e atirando achas às fogueiras dos meus relacionamentos. Uma música sempre a abrir, com ganchos certeiros e muito fuzz, "Mau Humor Matinal" acaba por ser uma vulnerável autocrítica construtiva, um lembrete que, pela manhã, consigo ser alguém que não quero.