Eu já desisti de consultar o mapa astral

Viver com pressa, em negação

Turquesa, chuva, sapos no chão

Não é sobre ti mas sei que pode virar

Mais um fim escrito em qualquer lugar

Não vou cismar a direcção

Frases feitas no café

Planetas pelo chão

A lima atrai o sal, o sol atrasa ao acordar

Levo sem saber levitar

A lima atrai o sal, o sol abrasa sem suar

Leve sem saber levitar

A lima atrai o sal, o sol abrasa

E sei de cor que a lima atrasa o sal,

O sol atrai o teu melhor

A lima traz o sal, o teu suor

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Então voltamos ao mesmo assunto

somos tão bons pró resto do mundo

na nossa casa o espeto é de pau

a prata é a fome do lobo mau

welcome monsieur, a casa é vossa

o mal dos outros não nos faz mossa

quem não aguenta a subida encosta

habitação é fractura exposta

e eu que só vinha pra falar de amor

deitar neste beat um poema em flor

mas na porta ao lado há mais um despejo

cai uma família, fica o azulejo

começam as obras, que casa bonita!

começam os guests,  fome é infinita

mais um AL, orgulho nacional

corrida sem lei, onde vais Portugal?

Não sei o que é que fica se corrermos mais

Não sei o que é que fica se corrermos mais

Não sei o que é que fica se corrermos mais

Não sei o que é que fica se corrermos mais

O kê ke fica

Komé ke fica/

Quem é ke fica/

Como é que a gente fica/

Quando essa gente rica/

Gentrifica

Quando ha uma gente k fica/

Com cada metro quadrado

Da nossa vida, memória

Onde é que a gente fica/

Quando nem se identifica

Com essa calçada refeita

Com essa fachada que foi feita

Para dar uma cara de outrora

A um fascismo de agora

Que só quer saber da receita

Na sede excêntrica

Quem vem de Paris é na hora

Quem tava aqui é pa fora/

Quem vem de cruzeiro vá bora/

Quem vem no barco que demora

Que vá morrer borda fora/

Que o estado quer o IMI

E o banco quer é penhora/

Voulez vous parlais

Parlais vous français/

Do you speak anglais/

Entre si vous plais/

Excepto se é cale

Excepto se vem de Calais/

E dizem que o mal é

Culpa de pobres, mas afinal

Qual é/

coisa qual é ela/

Quem tem tanta gente sem casa, e tanta casa sem gente,

E um camon à janela/

Qual é coisa qual é ela/

Que Desaloja e aloja

O camon e a loja

Da sardinha do Pastel

Ê o hostel, pa quem foge à

Geada do Norte,

E o sul despoja/

Desalojamento local

Pra alojamento local

No mínimo é paradoxal

E agora este local, igual

A qualquer outra capital/

Senhor Presidente não ando feliz

eu quero ser sonhos e não quem maldiz

calem-se os fachos que ardam bandeiras

aqui o assunto não são as fronteiras

é sempre bem vindo quem venha por bem

problema é haver um casa pra cem

salários tão baixos amarga a batuta

que felicidade interna tão bruta

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Sento-me aqui

E olho p’la janela

Enquanto me lembro de ti

Do teu toque, das conversas, como chegamos aqui

E dos planos que eu tenho desde que te conheci

Quero

Adormecer contigo ao meu lado

Ouvir todas as histórias e desabafos

E ver o mundo p’la janela do teu quarto

Quero

Olhar pra trás e ver que estão gravados

Em nós os dias que temos passado

E saber que amanhã continuaremos lado a lado

Sento-me aqui

E faltam-me as palavras sempre que falo de ti

Foi tão rápido o caminho

Do início até aqui

Sorte a nossa em termos uma história destas escrita assim

Quero

Adormecer contigo ao meu lado

Ouvir todas as histórias e desabafos

E ver o mundo p’la janela do teu quarto

Quero

Olhar pra trás e ver que estão gravados

Em nós os dias que temos passado

E saber que amanhã continuaremos lado a lado

Lado a lado

Quero

Adormecer contigo ao meu lado

Ouvir todas as histórias e desabafos

E ver o mundo p’la janela do teu quarto

Quero

Olhar pra trás e ver que estão gravados

Em nós os dias que temos passado

E saber que amanhã continuaremos lado a lado

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Deixa me alinhar os chakras

Analisar o que se passa

Não dá p’ra esquecer a guita

Quando viemos do nada

Vou deixar a minha marca

Encher de orgulho a minha casa

Bati mesmo buéda crânio

até ter uma epifania

Essas melodias

podem mudar a minha vida

‘Tou a trabalhar

p’ra realizar todos os sonhos

Ché dediquei-me a sério

e hoje estamos longe

Já me atrasaram

duvidaram but I Did it

Querem resultados

Mas não correm

Eles fingem

Vocês não mudaram

Ainda não pegaram a vision

Andam cegos pelo clout

Eu quero é saber do business

A minha gente

só queria subir na vida

Tantos problemas

e ainda por cima não há guita

Bro poucos sabem

o que que é tar em casa

e não ter luz

ver a despensa

E não ter nada

P’ra te encher o bucho

Ta na altura de meter os cotas ballin’ aplicar o knowledge

encontrar saídas

Enquanto ainda sou jovem

Batalho pela vida

porque aqui já não se brinca

Deixa me alinhar os chakras

Analisar o que se passa

Não dá p’ra esquecer a guita

Quando viemos do nada

Vou deixar a minha marca

Encher de orgulho a minha casa

(Julinho KSD)

Si flado pan para

N ka ta para n tem ki alinha nha chakras

Deixo a minha marca faço grana em casa tenho quem amar

E si flado pan para

Panpana larga txeu água

N ka mesti fala pan guarda

N ta combina pá semana

Só gana di camba gana

Nha menti dja ka relaxa

Tranquilo vida Djan calma

Pan podi orgulha nha mama

Mundo tá roda

Nada ka muda

Alem li

na volante

Pikena ka sabi ao certo

Si e marido ou e amanti

Dexan alinha só nha chakras

N ka tem tempo

Muito menos

Pá gasta

Ku bo

Deixa me alinhar os chakras

Analisar o q se passa

Não dá pá esquecer a guita

quando viemos do nada

Vou deixar a minha marca

Encher de orgulho a minha casa

Tu tu tu tu tu tu

O meu chakra agora és tu

Tu tu tu tu tu tu

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O teu denso azul em frente a mim

O belo horizonte lá no fim

Convidam-me a serenar-me contigo

Nestas rochas que beijas

Tuas leves ondas e o seu som

Que me embala na meditação

A paz que tu me trazes e me abraça

Quer o corpo quer a alma

Nesta troca perfeita em que me inspiras

A inspirar a tua calma

Mar imenso mar,

Faz-me acreditar

Que um novo dia irá surgir  

Que um novo dia irá surgir

Encontrarei paz,

Encontrarei amor

E por fim tudo será melhor

E por fim tudo será melhor

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Eu estou cansada de te ouvir

Embora já não digas nada

Foi tanto tempo a fingir

Foi tanto tempo calada

Não falemos mais os dois

Que não há nada a dizer

Eu fiquei sempre pra depois

Eu fiquei a ver-me morrer

Eu estava capaz de tudo, estava capaz de matar tudo, ficar para trás

Acabar com a minha vida, assim de um dia para o outro, para sentir paz

Estava capaz de tudo, capaz de matar tudo, ficar para trás

Prometo-me a mim mesma que, se depender de mim, nunca mais

Nunca mais

Eu precisei tanto de ti, tanto de falar contigo

Das juras que fizemos, sempre fiz o prometido

Tu faltaste muito, jogaste o jogo invertido

E o jogo deixou de fazer sentido

E eu hoje jogo Solitário

E foco-me em dizer

Menos “sem ti não sou nada”

Mais “sem ti eu tou intacta”

Por isso jogo Solitário

Acabaram-se as copas

Leva as tuas as derrotas

Cá deixaste só revolta

E eu só peço que não voltes

Eu estava capaz de tudo, estava capaz de matar tudo, ficar para trás

Acabar com a minha vida, assim de um dia para o outro, para sentir paz

Estava capaz de tudo, capaz de matar tudo, ficar para trás

Prometo-me a mim mesma que, se depender de mim, nunca mais

Será que ainda és o mesmo depois deste tempo?

Será que no fundo tu nunca foste diferente?

Devia ter ouvido o meu instinto e ido embora,

Devia tê-lo feito porque agora

Acabaram-se as copas

Leva as tuas as derrotas

Cá deixaste só revolta

E eu só peço que não voltes

Eu estava capaz de tudo, estava capaz de matar tudo, ficar para trás

Acabar com a minha vida, assim de um dia para o outro, para sentir paz

Estava capaz de tudo, capaz de matar tudo, ficar para trás

Prometo-me a mim mesma que, se depender de mim, nunca mais

(Precisei tanto de ti, tanto de falar contigo

Será que ainda és o mesmo depois deste tempo?)

Menos “sem ti não sou nada”

Mais “sem ti eu tou intacta”

Menos “sem ti não sou nada”

Mais “sem ti eu tou intacta”

Menos "sem ti eu não sou"

Menos “sem ti eu não sou”

Menos “sem ti eu não”

Sem ti eu tou intacta

Sem ti eu tou intacta

Prometo-me a mim mesma que, se depender de mim, nunca mais

Nunca mais

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Fico até às tantas a refletir pra encontrar um nome

as minhas confissões têm dito que os gritos não se ouvem

não se ouvem

não sou bem

Por dentro os meus gritos não se ouvem

(mas pesam-me o corpo)

o que esperam que eu seja, eu não sou bem

por onde eu posso ir

nunca soube bem

(Explica de novo)

Por dentro os meus gritos não se ouvem

(mas pesam-me o corpo)

o que esperam que eu seja, eu não sou bem

por onde eu posso ir

nunca soube

Tou exausto de me encontrar no ideal

de garantir o meu caráter e a moral

pessoas, são precisas várias pra te dar aval

e quando só dás por ti, vês quantas delas é que vales

e é quando eu chego a casa que ainda me olho no plural

a contar os que ainda sou com uma postura vertical

e reparo que há uma angústia que me acena no final

de insistir com tantas vénias e uma dor na cervical

já muito eu sei sobre esta calma

com o meu corpo cheio de espaço na cama

expectante de que uma plateia aplauda

cansado em saber como a minha insónia me ama

consciente de como traí a minha alma

e lentamente um pouco mais entorpecido

eu despejei tudo o que há de culpa num trauma

não ter sucesso é um crime não cometido

eu tou a limitar o meu espaço

mas a contar com o dia seguinte

E.se, eu também sinto o desgaste

por dar o que em mim não existe

o redor supera a liberdade

que eu julgava ser o meu motivo

mas essa prisão tá-me a mudar

eu fui para o fundo a gritar

Por dentro os meus gritos não se ouvem

(mas pesam-me o corpo)

o que esperam que eu seja, eu não sou bem

(nunca estive pronto)

por onde eu posso ir

nunca soube bem

(Explica de novo)

Por dentro os meus gritos não se ouvem

(mas pesam-me o corpo)

o que esperam que eu seja, eu não sou bem

por onde eu posso ir

nunca soube

Prometi-me inúmeras capitais

o fumo branco do palco, os prémios desses canais

que me fizeram questionar o tamanho da minha sala

lamentar o que consegui com o tamanho da minha fala

na ressaca de eu me conhecer melhor a apanhar a farda

a mentir à minha mãe o desprezo que me encurrala

volto a esta viagem a cada vez que um dia acaba

da mochila a tirar roupa com os sonhos todos na mala

eu nunca tive pronto

admito, ainda dou por mim cheio de humanidade no avesso

eu nunca tive pronto

manifesto-me a condenar o erro e a praticá-lo em segredo

eu nunca tive pronto nem tão certo

pra quem ainda supõe que eu acertei no meu ingresso

mas eu já não me oponho a que a verdade me concerte

mesmo que o meu norte ainda vos fique muito a leste

não sou bem o que dependeu da minha crença

talvez nem ela própria tampouco me reconheça

escuta bem, se tu fores bom nunca te esqueças

para o conseguires provar

o que é importante é que o pareças

nas entranhas eu contei uns quantos vícios

movi montanhas a pensar nos precipícios

se sentes a mesma intensidade eu tou contigo

mas pra tu contares comigo

tenho de fazer melhor do que isso

Por dentro os meus gritos não se ouvem

(mas pesam-me o corpo)

o que esperam que eu seja, eu não sou bem

(nunca estive pronto)

por onde eu posso ir

nunca soube bem

(Explica de novo)

Por dentro os meus gritos não se ouvem

o que esperam que eu seja

eu não sou bem.

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“Lugar I”

Ninguém me perdeu por azar,

Dei tudo o que tinha pra

dar por aí.

Mas agora fico aqui

sem dormir,

À procura do que

não descobri…

que será?

Porque temo

ao pensar o

quanto posso

mudar o que

sou,

Pois a minha

certeza, ganhou

um novo lugar

que és tu

Agora de manhã custa

acordar,

Quebras a minha força pra

lidar, com um dia vão.

Dou pequenos saltos em

construção,

De nada levo se não for

lição, desta vez.

Tento chegar ao pé de ti,

E dizer que a noite já não

tem razão.

Se casa vazia me preenchia,

então porque cheia não faz

confusão.

“Lugar II”

Fico em segundo plano

Existe tempo pra nós dois,

Pedinchas que te ame

E o teu retorno fica pra depois

Nada como tu dizeres que sim,

Nada como tu quereres tudo de mim

Deito-me ao teu lado,

Com risco de me agrupar

Ao teu grupo de deputados

Tão importantes para o teu bem-estar

Nada como tu dizeres és tu,

Nada como tu sentires que sou eu que te faço…

… Não ficar perdido

O teu lugar não é comigo

E não sei porquê

Que tu não vês a minha desilusão

Eu juro que te desejo

Tudo dentro da razão,

Mas ser livre é complicado

Quando escolhes não dar a mão.

Nada como eu mudar o meu perdão.

Nada com eu sentir, que sou eu que te faço…

… ficar perdido

O teu lugar não é comigo

E não sei porquê

Que tu não vês a minha desilusão

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É mais fácil dizer

Que fazer acontecer

Lugar de mulher é

É lá onde ela bem quiser

Não basta boa intenção

Disso o inferno dja teni txeu

Se dói pedir perdão

Então

É para esquecer

Maria

Esse vai e vem

Maria

presenti eh nos prenda

Maria

não vê quem crê, não

Não fujo de problema

Só a verdade salva (ben nu Bai)

Sem dilemas somos um

O instante que ben antis

di tudu storia

Toda memória um trevo

Sô Bô di nha ladu, oh sorte!

Não temo nem a morte

É para esquecer

Maria

Esse vai e vem

Maria

Presenti eh nos prenda

Maria

não vê quem crê, não crê

(Verso Emicida)

Éramos um tipo Pangeia

Amor e fogo, vulcão

Agora é Pompéia, escombro

Sobre os ombros as ideia

que tudo é guerra e distância,

estilo Coréia

A guita fiz, a Rita diz

que a vida é tipo atriz

Quer professora melhor que uma cicatriz?

Perdido como Atlântida diz, na praia Atlântica quis

semântica, dum coração aprendiz

Eu ouço muito e falo pouco tipo Siri

Corro como lágrimas por um troco na city

É o mundo louco me fez duro com um siri

Onde a vida arde, saca? Piri piri

Meninos voam como reis na cidade

Balas e plays, mentira e verdade

É certo? Não sei, sinto que é tarde

Destino do que é bom é virar saudade

É para esquecer

Maria

Esse vai e vem

Maria

Presenti eh nos prenda

Maria

não vê quem crê

É para esquecer

Maria

Esse vai e vem

Maria

Presenti eh nos prenda

Maria

não vê quem crê, não crê

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Eu, sei que já não vai mudar

Nem sempre vamos acertar

Tinha tudo e não soube ver…

E nós, fomos tanto e sem saber

Mudámos o rumo de vez

Eu fingi que nada aconteceu.

Pré-ref:

Quero-te mostrar quem sou

Voltarmos onde começou

Levar-te comigo

Pintar o destino e sonharmos a dois.

Ref:

Se tu não estás , o mundo deixa de girar

E não imagino um lugar , onde não dá

Pra te abraçar….

Tu, nunca soubeste entender

Tudo o que eu fiz pra te ter

Tinhas tudo e não soubeste ver…

Pré-ref:

Quero-te mostrar quem sou

Voltarmos onde começou

Levar-te comigo

Pintar o destino e sonharmos a dois.

Ref:

Se tu não estás , o mundo deixa de girar

E não imagino um lugar , onde não dá

Pra te abraçar….

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