09 de Novembro, 2023
+ MÚSICA PORTUGUESA: Ouve aqui as novidades dos THE ZOO, LUÍS SEVERO, DUARTE & VITORINO, BICHO CARPINTEIRO e SAMI-R
Na MUSICPORTUGAL, APOIAMOS O TALENTO NACIONAL, por isso apresentamos-te mais 5 novidades da música portuguesa:
"No Rumo da Aventura" é o mais recente single dos The Zoo. Uma canção assumidamente pop e um festivo convite á dança incluído no álbum "Gravidade Zero", editado no decorrer do presente ano, disponível em formatos digital e físico, e que contou com a participação de João Cabeleira, guitarrista dos Xutos e Pontapés em vários temas.Produzido, gravado, misturado e masterizado por Victor Ventura nos Rebel Wolf Live Recording Studio, "No Rumo da Aventura" chega ao público com um videoclip realizado pelo próprio grupo. Os The Zoo nasceram em 2006 na Linha de Sintra e mantêm-se ativos 17 anos depois. Sandra Jorge (sintetizadores, samples e voz) e Victor Ventura (guitarras, sintetizadores e voz) são o núcleo duro do grupo ao qual se juntam Vitor Alves na bateria e Pedro Valério no baixo.Influenciados pela “new wave” e “pós punk”, desde cedo estiveram motivados em prosseguir a consumação da sua ideia conceptual: a fusão da electrónica com o “rock” orgânico e as canções em português. Tal se comprovou no seu álbum de estreia Arena em 2013.
Luís Severo tem música nova. "Cedo Ou Tarde" é a primeira canção a ser desvendada do seu próximo álbum, a ser lançado até ao fim do ano. O músico volta à edição de música com "Cedo Ou Tarde", uma canção que reflete sobre o Tempo e a forma como a rotina nos embala sem nos dizer qual é a certa para desistir dos sonhos, às vezes é cedo, muitas vezes já é tarde, há sempre tempo para o trabalho, uma ânsia de se ser produtivo, mas pouco para se ser e para viver. Há mensagens por ler, roupa por engomar, verões demasiado quentes, famílias a afastar-se, é no quotidiano de cada um que Severo continua a cantar as suas ânsias, num trabalho que além de íntimo do artista consegue ressoar junto de quem o ouve. “Esta canção surge numa altura em que estávamos fechados em casa. Passar por antigos colegas de escola nas redes sociais com vidas aparentemente bem mais resolvidas que a minha, fez-me entrar numa reflexão sobre o tempo, em que me apercebi que durante anos achei que era cedo para tudo, mas que cheguei a um momento em que já é tarde para muitas coisas. É estranho porque nem se percebe quando é que este sentimento vira.” Reflete o artista sobre a canção.
O Duarte apaixonou-se pela Maria e escreveu-a. O Vitorino apaixonou-se pela Maria (quando a viu no escritório do Alain, que, entretanto, também já se tinha apaixonado por ela) e musicou-a. O Filipe Raposo apaixonou-se pela Maria e arranjou-a (no seu piano). O Bruno Cavaco apaixonou-se pela Maria e filmou-a. Cuidado com a Maria! Quiçá não poderá vir a suscitar outras paixões?! Há um lugar-comum em cada pessoa. Tem nome. Nesta canção, chama-se Maria. Em nós, chama-se solidão. Duarte e Vitorino, dois homens alentejanos, um da nova guarda, o outro da mais velha e mais vivida, cocriam uma obra mãe e juntam-se numa rara passagem de testemunho. Como se um pai sábio partilhasse a um filho amado a importância de entender a cruzada de cada mulher e de todas as mulheres que vivem dentro dela. Acompanhados ao piano por Filipe Raposo, a delicadeza da melodia ampara-nos a tristeza. E quando se juntam os três em uníssono, podemos chorar com certeza. Não perdemos o amor na urgência de o fazer, elevamo-lo ao ouvi-lo em conjunto. "Maria da Solidão" é um tratado de guerra e paz sobre ser-se quem se é, com a premissa de que, no meio das pontas soltas, saibamos que é em nós que o ponto final se marca. Aceitemos.
O primeiro single, “Aioioai”, do mais recente projeto nacional Bicho Carpinteiro, acaba de ficar disponível em todas as plataformas digitais, com um videoclipe em exclusivo no YouTube. Esta primeira faixa abre caminho para o álbum de estreia que chega já no próximo dia 17 de Novembro. Bicho Carpinteiro é um novo projeto, formado por Rui Rodrigues, de projetos como Dazkarieh, que investigou fundas raízes da identidade musical portuguesa juntamente com Vasco Casais e Joana Negrão, Uxukalhus, e também Diogo Esparteiro, de projetos como Royal Bermuda ou Pás de Problème. Juntam a música popular e tradicional portuguesa, entre samples de voz de recolhas no Portugal profundo, entre fados e chulas, violas em duelo sobre ritmos bem marcados, texturas acústicas e eletrónicas e uma ligação a melodias e modos que são intemporais e que nos falam ao mais fundo da nossa identidade. A interjeição “Aioioai” carrega em si a carga de um povo em festa, rusgas populares, celebrando tradições que definem a nossa identidade. Este single de avanço do primeiro trabalho de longa duração dos Bicho Carpinteiro antecipa o que aí vem: um disco que celebra um passado e uma tradição renovados, processados e amplificados - uma tradição aumentada. Violas tradicionais quase extintas, camadas de adufes e bombos, beats pesados e sintetizadores que fazem vibrar paredes, esta é a receita com que os Bicho Carpinteiro “olham para a frente e cantam Aioioai!”.
Depois do interregno é tempo de Sami-R celebrar os 10 anos do seu EP com novas versões das músicas agora produzidas por alguns dos produtores mais emergentes do panorama Hip Hop e Drum and Bass. Esta revisita já vai no 3º lançamento e conta com nomes como Crawler, Anta, Noxin, Bassment, Keller, e Delite. Até ao final do ano vão ser lançados os restantes 4. Nos singles, Sami-R tem incluído o tema original e uma ou duas novas versões desse tema. Ao contrário do R&S, totalmente produzido pelo próprio, este projeto inclui instrumentais de diferentes músicos tornando-o um ambiente musical ainda mais diverso. "Gota" é uma viagem aos calabouços da depressão que nos fala de quando a dor se torna apatia. Estas duas novas versões, uma por Anta e a outra por Luís Ferreira, seguem caminhos diferentes ainda que ambas abracem o céu cinzento e o vulto da tristeza espelhado num rio. "Gota" by Luís Ferreira é uma canção indie libertadora que, com apenas guitarra e voz, nos leva aos sentimentos mais profundos de Sami-R. A guitarra de Luís Ferreira embala-nos desde o início num conforto que os versos de Sami-R destroem com o seu desabafo e acto de contrição. A versão de Anta, como não podia deixar de ser, brinda-nos com um beat hip hop com batida e orquestração bem elaboradas que nos leva a um caminho mais sinuoso que a anterior. Esta espelha o fervor da revolta pra consigo mesmo de tal forma que nos deixa sem saudades da original.
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