Diogo Silva, Nuno Fulgêncio e Rui Martins respondem coletivamente ao nome Bardino. A música que criam tem sido descrita e/ou classificada como resultado de um cruzamento entre a eletrónica, o rock, o jazz e algo mais, quase sempre obrigando quem enfrenta tal tarefa a socorrer-se de expressões como “krautrock”, “jazz de fusão” ou “eletrónica ambiental” para lhes tentar mapear o som. Que tal profusão de descritivos seja necessário para lhes traçar o perfil é já sinal de que, na verdade, o que os Bardino fazem é novo e vai para lá dos mapas já conhecidos. Essa sensação sairá reforçada após a audição do seu novo álbum, Memória da Pedra Mãe.
Ao longo de oito faixas, e beneficiando claramente da distinta marca do trabalho de reconhecida qualidade de João Brandão, um dos melhores produtores portugueses da atualidade, os Bardino expõem uma música densa, profundamente cinemática, de altíssima definição, em que os diferentes instrumentos traduzem uma ampla paisagem emocional e visual, com solos de enorme elegância dispostos sobre grooves que indicam movimento. Todas as coordenadas musicais mencionadas antes estão presentes, mas talvez se sinta neste novo material uma maior fluidez, resultado certamente do aprimoramento da visão do trio central através de uma vasta experiência colecionada em palcos de todo o país.
E há até ecos de um cancioneiro decididamente português, como tão claramente se sente em “O Semeador”, algo de novo no leque de referências estéticas abraçado pelos Bardino. Esta é, de facto, música que vive de uma tensão benigna entre passado, presente e futuro, no sentido em que acolhe tradições e a história, procura um novo enquadramento neste diverso agora e ousa projetar-se para a frente. Que é o melhor dos lugares.
"Pedra Mãe" é a primeira amostra deste disco, com edição agendada para o próximo dia 26 de Fevereiro.
Rita Rocha é a artista convidada por Lázaro para participar no seu novo single, "Flores", editado hoje. A cantora e compositora também colaborou na letra desta canção.
"Flores" é uma declaração de amor, um desabafo apaixonado escrito por Lázaro e Rita Rocha, personificando as perspetivas de cada um dos membros de um casal sobre uma relação. Uma balada romântica, numa sonoridade pop que nos faz querer gritar ao mundo a verdadeira felicidade.
No dia 24 de fevereiro, Rita Rocha estreia-se no Festival da Canção com "Pontos Finais", escolhida entre mais de 800 candidaturas por livre submissão. Ainda este ano, uma das mais entusiasmantes artistas pop da nova geração vai editar o seu primeiro álbum de originais.
Oh-oh-oh Oh-oh-oh Beijo doce e pele de sal Uma flor de cacau no meu jardim Oh-oh-oh Oh-oh-oh Seu gosto não tem igual Uma flor de cacau plantada em mim
Na bagunça desse lar Eu não sei como aguentar O tempo aqui sem ti Vem morar em mim amor E se eu te vejo passar Nesse passo a desfilar O teu aroma em mim Mendigando pra ser rei do teu amor
Oh-oh-oh Oh-oh-oh Beijo doce e pele de sal Uma flor de cacau no meu jardim Oh-oh-oh Oh-oh-oh Seu gosto não tem igual Uma flor de cacau plantada em mim
No balanço desse mar Eu te ensino a nadar E o tempo aqui sem ti Tem sido tão triste Não existe Nada nesse mundo que eu não tope fazer Quando o assunto é fazer amor com você, bebê Iê-iê Sente o meu calor
Oh-oh-oh Oh-oh-oh Beijo doce e pele de sal Uma flor de cacau no meu jardim Oh-oh-oh Oh-oh-oh Seu gosto não tem igual Uma flor de cacau plantada em mim
Fico sem saber o quanto sobra aqui Por ser refém de ti E do tudo que eu te dei (tudo que eu te dei) Mendigando pra ser rei do teu amor Sei que vai doer se um dia eu partir 1000 noites sem dormir E tudo que eu sei É que eu quero que cê sinta o meu calor
Oh-oh-oh Oh-oh-oh Beijo doce e pele de sal Uma flor de cacau no meu jardim Oh-oh-oh Oh-oh-oh Seu gosto não tem igual Uma flor de cacau plantada em mim
Ela é flor de cacau no meu jardim (mil noites) Flor de cacau
[Verso 1] (Yeah) Eu 'tou a olhar diferente para o que tenho à minha volta Eu 'tou a olhar em frente, consciente da minha rota Tanta coisa sempre, é tanta cambalhota Era bem mais easy descalçar esta bota Mas aceito o peso, com o tempo vem leveza Ao ver a família à mesa, tu vês o que realmente importa Perfeito, desconheço toda a casa portuguesa Deve ter os seus problemas, logo ao passar da porta Telhados de vidro, quantos vês se olharеs p'ra cima? (Quantos?) Posso dizer: "Não é comigo", e 'tar na minha Mas não posso esquеcer que também tenho campaínha E hoje podem tocar-me à porta os problemas da vizinha Todos 'tamos sujeitos, e tropeçar também faz parte Há que ter as prioridades definidas, já se sabe Todos vamos errar, e aumentar o fardo Só não pode fazer com que eu pare
[Refrão] Venha a próxima fase, 'tou cansado, mas sou grato Chego tarde a casa, mas tenho comida no prato Alguém que me abraça apesar do meu mau trato Aceita, eu já não paro Venha a próxima fase, 'tou cansado, mas sou grato Chego tarde a casa, mas tenho comida no prato Alguém que me abraça apesar do meu mau trato Aceita, eu já não paro
[Verso 2] É bom chegar a casa Abraçar quem me ama, passar tempo de qualidade E dizer ao mesmo: "Abranda, ele passa num instante" É aceitar, acompanha, aproveitá-lo sempre Não esperar que o momento venha Criá-lo, vivê-lo, amar, estar presente Basta um sorriso das minhas princesas para me deixar contente 'Tou grato eternamente, juro, sou abençoado Sei que há gente que não tem a mesma possibilidade E que infelizmente tem de abdicar De estar ao lado de quem ama, por amar E querer dar o que não lhes foi dado Juro, sou privilegiado E quando não 'tou bem, há que pensar melhor Porque há sempre alguém pior Do que é que tenho reclamado?
[Refrão] Venha a próxima fase, 'tou cansado, mas sou grato Chego tarde a casa, mas tenho comida no prato Alguém que me abraça apesar do meu mau trato Aceita, eu já não paro Venha a próxima fase, 'tou cansado, mas sou grato Chego tarde a casa, mas tenho comida no prato Alguém que me abraça apesar do meu mau trato Aceita, eu já não paro