05 de Abril, 2022
ÁLBUM DA SEMANA #28: RITA DIAS - MORREMOS TANTO PARA CRESCER
Rita Dias não é só cantora. É uma artista multifacetada que abraça a missão de servir cada pessoa e cada lugar através de artes como a escrita, a composição, o teatro e a rádio.
Fruto deste amor e liberdade artística, chega-nos o seu novo trabalho musical, o tão aguardado "Morremos tanto para crescer". Este disco também não é só um disco – é uma mensagem, um posicionamento – é um movimento, um trabalho introspectivo em que, ao crescer como artista e como mulher, Rita Dias percebeu que as grandes transformações interiores provocam grandes mortes que nos levam a nascer outra vez, mais fortes, mais seguros, mais livres. No fundo, esta criadora exímia traz-nos as dores de crescimento, esse chão comum que nos aproxima, em forma de arte.
Este trabalho traz canções diversas, com tons, temas e sonoridades diferentes, muito fiel à forma multifacetada como a artista olha para o mundo e interpreta o que a rodeia. E com as colaborações de Ana Moura, Noiserv, Pedro Miranda e Maria Gomes.
O disco abre com "O nosso grande, grande amor", um conselho maternal e um paternal para a criança que um dia fomos e que ainda viverá em nós. Conta com a participação de Maria Gomes, de 12 anos, uma voz que nos puxa imediatamente para a nossa própria inocência.
Seguimos para "Espirro", um amor despojado e sincero, desamarrado como deve ser.
Seguindo pelos caminhos do amor, "E conta-me como foi" lembra-nos que, primeiro que tudo, fomos feitos para nós próprios.
"E ficámos sem voz" é a canção do fim dos amantes, outra realidade universal, o coração partido que, depois da dor, nos fortalece.
Em "Leva o rosário contigo" surpreendemo-nos com a simbiose deslumbrante entre a voz de Rita Dias e a de Ana Moura.
Depois de "A ti, nunca" damos a mão a "Beatriz", que não nos prende nesse gesto – Beatriz deixa o seu amor livre.
Chegamos a "Monsieur" com a esperança do início de algo que pode vir a ser feliz.
A oitava canção chama-se "Princípio, meio e fim" e apresenta-nos a viagem musical e poética que este trabalho propõe – e está no meio, que é onde a nossa medida deve estar.
Já com os ensinamentos escutados, pousamos em "Ana e o passarinho", que quer a ponta dos pés a tocar no abismo ao som de uma guitarra portuguesa e acompanhada pelo melódico Português do Brasil de Pedro Miranda.
"Mother", o único tema em inglês, é uma declaração de amor à Mãe Terra e uma jura de que, um dia, o nosso credo será um só, rodeado de paz e flores.
Por fim, fechamos esta viagem pela vida ao som de "Ôlinda", espreitados por alguém que nos vê lá de cima, numa promessa da vida que não termina.
Rita Dias apresenta "Morremos tanto para crescer" dia 28 de maio, em Coimbra a sua cidade natal, no festival Epicentro.
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