Já caminho, há muito tempo

Sempre sozinho, a viver o momento

Tudo que encontro é poeira, que o vento levantou

Esta confusão, no dia-a-dia

Não tem solução, não existe uma via

Passam-me as horas a beira, já sei que nada mudou

Mas algo dentro de mim, recorda o desafio

Teimoso demais para ser derrotado, eu não vou ficar

E nunca olho para trás, nunca olho para trás

E sem saber se sou capaz, nunca olho para trás

Deixei a cidade, ninguém veio dizer adeus, por isso eu

Deixei a cidade e não vi nenhum dos meus, por isso eu

Continuo em frente, solitário, solitário, solitário, e então

Já não sei, quem eu sou

Como cheguei, aonde estou

Tudo é preto e branco, pensamento sem cor

E de onde vim, não tenho memória

Mas sei que no fim, no final desta história

Tudo o que quero ou toco são, cinzas e dor

Mas algo dentro de mim, recorda o desafio

Teimoso demais para ser derrotado, eu não vou ficar

E nunca olho para trás, nunca olho para trás

E sem saber se sou capaz, nunca olho para trás

Deixei a cidade, ninguém veio dizer adeus, por isso eu

Deixei a cidade e não vi nenhum dos meus, por isso eu

Continuo em frente, solitário, solitário, solitário, e então

Solitário, e então, solitário, e então

Solitário, e então, solitário, e então

Solitário, e então, solitário, e então

Solitário, e então, solitário, e então