Bem no escuro, não sei ler

O que a tua pele me diz

Se está fria, se está quente

Se já foi de quem a quis

Eu lá sigo o meu caminho

Que está tudo menos morto

Cego e surdo, vou trilhando

A calçada do teu corpo

Mas eu, vou deixar um rasto

Para assim não me perder

É a carne que nos mata, para viver

Nem o nó que se desata, faz-me crer.

Tremes quando passo só

Sem pôr um ponto final

E começas outra frase, pelo texto inicial

Leio-te os poucos sinais, com a palma desta mão

Em linguagens corporais, tu por cima e eu no chão.

Mas eu, vou deixar um rasto

Para assim não me perder

É a carne que nos mata, para viver

Nem o nó que se desata, faz-me crer.

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