"Vives a vida triste atrás de me ver sorrir. Sei que nunca exististe, sem o fazer. Passamos a vida nisto, de tentar descobrir se nesta vida triste nos vamos ver. Eu sei o que te põe no chão Amália, meu amor! Que cantas para a solidão, bebendo com a dor. E quando põem a questão de não sorrires mais, eu sei Amália, meu amor, somo os dois iguais."

Talvez um dos pontos mais fortes da homenagem de Rei Marte àquele que é para a banda o maior símbolo da música Portuguesa, será a forma como a banda interpreta o valor lírico de Amália. Altamente poética (e romântica), mas sobretudo honesta e contemporânea, esta é uma letra também ela escrita à imagem das letras de canções de Amália Rodrigues, que se hoje fosse viva, faria 100 anos.

Igualmente fatalista, ou mesmo fadista - no real sentido do termo - o segundo single de Rei Marte é de um romantismo sincero e comovente. E é também uma bonita e contagiosa música que relembra o real valor do rock português, acelerado, apaixonado e melodioso com generosas doses de positivismo. Mesmo que esse positivismo venha disfarçado de tragicidade.

"Amália, meu amor" é o segundo avançado da banda Lisboeta após o lançamento de "Sol" há cerca de um mês. Ambas as canções serão incluídas no EP de estreia a ser lançado durante o ano de 2020.

Fica a conhecer os Rei Marte em http://musicportugal.pt/musica-nova-do-dia-i-rei-marte-sol-993176.