Vibra a luz da mensagem, não acende contigo, do bom fica a miragem, do mau fica o castigo

Tatuo amor a carvão, domestico leões, mas nunca há razão pra medirmos razões

Fui bandido sem arma, fui vilão com trovões, fiz da luta o meu karma, vendi peixe aos sermões

Fui Maomé sem montanha, mente pouco erudita, como é que ainda me estranha eu ser o mau da fita e...

Acordem me quando for pra cantar, que eu este jogo, não sei jogar

Levas a taça não sei do que... Morremos na praça e eu nem sei bem porquê

Há um baque na porta, é o vento às partidas, vou cuidando da horta, enquanto lambo as feridas

Calça cinza manchada, define o desvaidoso, dei medalhas de nada a um ciclo vicioso

Fui ladrão só de fama, mas tu foste também e agora nesta cama já não vive ninguém

Dois sultões sem turbante, a caça do defeito e nada é como dantes mas sou eu o imperfeito e...

Acordem me quando for pra cantar, que eu este jogo, não sei jogar

Levas a taça não sei do que... Morremos na praça e eu nem sei bem porquê

Fomos menos que o tempo, e o tempo já foi pouco, apostamos em tanto e esse tanto foi louco

Nunca pus as cortinas, nem plantamos camélias, dos planos ruínas, das ruínas Amelias

Fui bombista sem bomba, medo era o meu delito, diz que a pachorra tomba e aflige o aflito

Fui ouvinte sem mágoa, tu quadro sem parede, se a paciência fosse água bem que morria a sede e...

Acordem me quando for pra cantar, que eu este jogo, não sei jogar

Levas a taça não sei do que... Morremos na praça e eu nem sei bem porquê

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