25 de Novembro, 2021
OUVE AQUI O ÁLBUM "TOZÉ BRITO (DE) NOVO"
Imaginando o passado como uma jukebox (e não é difícil tendo a memória como fiel companheira) a máquina vai obrigatoriamente disparar o nome de Tozé Brito.
Muitos saberão um punhado das suas canções de cor, outros soltarão um esgar de espanto dizendo: “esta também é dele?!”. São muitas. Parte da história do país podia ser contada pela sua mão em canções e refrãos. Das Doce a Vítor Espadinha, de Simone a Carlos do Carmo, de Ana Moura ao Quarteto 1111.
Tozé Brito conseguiu reforçar um ecletismo onde o preconceito nunca teve lugar e a canção se revela inteira e devoradora do tempo. Ficou até hoje. É evocada nos festivais, pode ser celebrada em karaokes.
As canções de Tozé Brito já são maiores do que a sua vida e teimam em acompanhar a nossa enquanto aqui estivermos e até depois.
Muitas vezes menosprezado o valor da canção pop (ligeira), ela emerge dos nossos dias para lembrar que só permanece o relato da verdade: do que sentimos, do que vivemos. Do que foi embrulhado também em canção feita alegria ou até fado.
Aquando desta homenagem (por altura dos seus 70 anos em 2021) a SONY pensou em ir à jukebox e deixar ecoar algumas das muitas canções que escreveu. Só falam de amor, mas pedem-nos para ele voltar.
"Tozé Brito (de) Novo", correndo o risco de deixar canções e artistas muito válidos de fora, quis homenagear o autor e todos os que perpetuaram o seu valor ao longo de décadas.
A SONY juntou Ana Bacalhau, António Zambujo, B Fachada, Benjamim, Camané, Catarina Salinas, Joana Espadinha, Miguel Guedes, Mitó, Samuel Úria, Selma Uamusse, Rita Redshoes, Tiago Bettencourt e Tomás Wallenstein para fazerem um disco feliz que o lembra e que reforça a importância de um inegável fazedor de canções.
A jukebox agita-se agora perante a novidade de ter o passado revisto, ajustando-se ao novo formato. Dizem que o mundo é dos que se sabem adaptar. Não temos dúvidas de que Tozé Brito sempre foi um homem do futuro.
Descobre aqui na íntegra o álbum, "Tozé Brito (de) Novo".