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24 de Agosto, 2017

Porque é que gostamos tanto de ouvir música?

Sabes quando escutas aquela tua música preferida e te sentes bem? E quando te lembras de um amigo ou de um momento da tua vida logo após ouvires uma música? Independentemente de qual seja o estilo musical preferido ou da maneira como se ouve a música, uma coisa é certa: ouvir música faz-nos bem e deixa-nos felizes.

 

Muitas vezes funciona como companheira de viagens, de caminhadas e, para os mais sortudos, presente também na hora do trabalho, a música é algo que tem a capacidade de melhorar o nosso humor e, inclusive, fazer com que a nossa concentração melhore... mas como é que isso é possível ou porque é que acontece?

 

O facto é que ouvires as tuas canções favoritas faz com que o teu cérebro produza um neurotransmissor conhecido como “dopamina”, cuja função é transmitir informações entre as nossas células nervosas, os neurônios. A dopamina é conhecida por influenciar os comandos cerebrais ligados à memória e, principalmente, à sensação do prazer.

 

Segundo a neurocientista Valorie Salimpoor, da Universidade McGill, em Montreal, no Canadá, os seres humanos sentem prazer ao ouvir música porque experimentam nuances cognitivas ao esperar pelos próximos acordes e versos da canção. A sensação de prazer, segundo ela, acontece quase imediatamente por causa da dopamina.

 

A cientista acredita que este prazer biológico, promovido pela música, é que explica porque é que esses sons ritmados fazem parte da nossa humanidade há tanto tempo. Não é a primeira vez, inclusive, que a cientistas Valorie estuda a recepção da música no cérebro humano.

 

Para confirmar a relação entre ouvir música e libertar mais essa substância, os cientistas avaliaram as conexões cerebrais de oito pessoas apaixonadas por música. Cada uma delas fez uma seleção de músicas preferidas, que lhes causavam "arrepios".

 

Depois de 15 minutos a ouvirem as suas músicas favoritas, cada participante recebeu uma dose injetável de uma substância radioativa capaz de se ligar aos receptores da dopamina. Após isso, com auxílio de equipamentos que monitoriam as funções cerebrais, foi possível retirar a substância injetada que circulou pelo corpo dos participantes, o que indica que eles já tinham libertado dopamina antes da colocação da substância, e que essa mesma substância estava-se a conectar aos receptores disponíveis.

 

E depois de ouvirem as suas canções favoritas, as mesmas pessoas ouviram músicas que não lhes despertavam essa sensação boa. Nesse segundo caso, os receptores de dopamina continuavam ainda disponíveis, abertos, à espera da substância quase mágica.

 

Definitivamente, a música deve estar estar presente na vida do ser humano, já que a sua melodia está disponível para o nosso prazer e bem estar, além de também estar presente no mundo para fortalecer o nosso espírito, a nossa mente e o nosso corpo!

 

A música é um vício... mas dos bons! E tu, que tipo de música faz com que te sintas viciado(a)?

 

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