17 de Agosto, 2018
Projota - Sr. Presidente
A gente paga pra nascer paga pra morar
Paga pra perder a gente paga pra ganhar
Paga pra viver paga pra sonhar
A gente paga pra morrer e o filho paga pra enterrar
Vontade a gente tem mas não tem onde trabalhar
Justiça a gente tem mas só pra quem pode pagar
Coragem a gente tem mas não tem forças pra lutar
Então a gente sai de casa sem saber se vai voltar
E aí vem vocês pegar o que é nosso direito
Crime não é mais crime quando é um crime bem feito
Viver dessa maneira é algo que eu não aceito
Enquanto isso o povo chora sem ter onde morar
Mas existe uma chama acesa dentro do peito
Porque já não dá mais pra se viver desse jeito
Quando o povo explodir vai ser só causa e efeito
Efeito que abastece meu pulmão e me dá forças pra cantar
Sr. Presidente, esse país tá doente
Nosso povo já não aguenta mais
Sr. Presidente, como você se sente
Ao ver a fila dos nossos hospitais?
Sr. Presidente, até queria que a gente
Se entendesse mas não sei como faz
Porque essa noite se foi mais um menino ali na rua de trás
Esse é o meu país tão lindo que não tem furacão
De um povo que ainda segue órfão do seu pai da nação
De uma pátria mãe solteira da sua população
Onde o salário vale menos do que o preço do pão
Dorme um menino de rua descansando seus pés
Viajando pra lua num papelote de 10
Oh pátria amada e mal amada por filhos infiéis
Digas quem te comandas que eu te digo quem és
E aí vem vocês pegar o que é nosso direito
Crime não é mais crime quando é um crime bem feito
Viver dessa maneira é algo que eu não aceito
Enquanto isso o povo chora sem ter onde morar
Mas existe uma chama acesa dentro do peito
Porque já não dá mais pra se viver desse jeito
Quando o povo explodir vai ser só causa e efeito
Efeito que abastece meu pulmão e me dá forças pra cantar
Sr. Presidente, esse país tá doente
Nosso povo já não aguenta mais
Sr. Presidente, como você se sente
Ao ver a fila dos nossos hospitais?
Sr. Presidente, até queria que a gente
Se entendesse mas não sei como faz
Porque essa noite se foi mais um menino ali na rua de trás